Frankenstein, Mary Shelley, 1818
Victor Frankenstein é um estudante de medicina obcecado com o que dá vida ao corpo humano. Vai usar ciência, rudimentar, para criar um ser humano a partir de restos de cadáveres. O resultado da experiência, é um ser aberrante que, ao ser abandonado à solidão, vai vingar-se do seu criador. O livro que é o percursor dos géneros de Horror e Ficção Científica e que está na base de tantos outros livros que foram escritos nos quase 200 anos seguintes. É dos filmes mais adaptados ao cinema. A melhor versão pode ser a de Kenneth Branagh (1994), com Robert De Niro no papel principal.
Guerra dos Mundos – H.G Wells, 1897
A Terra foi observada durante anos por extraterrestres (marcianos) que acabam por invadir o planeta levando a Humanidade quase à extinção. Visionário, o livro colocava em causa o futuro do Mundo e a sua dependência de tecnologia. Teve várias adaptações ao cinema. A mais recente é de Steven Spielberg, realizada em 2005.
Eu, Robô – Isaac Asimov, 1950
O livro que postula regras sobre o comportamento dos robôs e que vislumbra o seu desenvolvimento desde os primórdios até chegar ao momento em que subsistem o Homem. Na adaptação ao cinema, em 2004, Alex Proyas, o realizador, explora a possibilidade dos robôs não respeitarem as diretivas incutidas pelos programadores – algo que também serve de base ao filme Robocop.
Relatório Minoritário – Philip K. Dick, 1956
No futuro, já não há crime. Ou quase. Agora, os polícias da divisão do pré-crime conseguem deter os criminosos antes que cometam as vilanias. Tudo acaba no dia em que um crime é fabricado para acusar um dos polícias. O livro foi muito bem adaptado ao cinema por Steven Spielberg em 2002.
Duna – Frank Herbert, 1965
Segundo a Wikipedia, este é o romance de Ficção Científica mais vendido de sempre. Frank Herbert desenha um futuro onde há uma luta de poder entre feudos. Uma batalha dinástica e planetária que tem por objetivo controlar a produção de uma especiaria (a substância mais importante do universo) que só é encontrada num planeta – Arrakis. O livro explora, também, a busca por um messias que se revela na personagem de Paul Atreides. O livro teve direito a várias sequelas e a uma adaptação cinematográfica feita por David Lynch (que realizou e escreveu o guião) e com banda sonora da banda Totto. Facto curioso: era Ridley Scott que ia realizar o filme, mas abandonou o projeto para fazer o Blade Runner.
2001: Odisseia no Espaço- Arthur C. Clarke, 1968
“I’m sorry Dave, I’m afraid I can’t do that”. A frase, citada milhares de vezes pelos fãs de SciFi, foi popularizada pelo filme 2001: Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrik. O livro, o primeiro de quatro, relata a evolução da inteligência no Homem e a influência alienígena no processo. O livro e o filme foram escritos/realizados em simultâneo.
Do Androids dream of eletric sheep? – Philip K. Dick, 1968
Sim, em 1968, Philip K. Dick já via um mundo cheio de androides com dramas morais. A história, que não é aflorada na totalidade em Blade Runner (filme que marcou toda uma geração de fãs de Ficção Científica), alterna entre a vida de um ex-caçador de androides e de um reparador de animais de estimação eletrónicos.
Neuromancer – William Gibson, 1984
Quase a meio da década de 1980, William Gibson viu mais à frente. Introduziu o termo “ciberespaço” e falou em inteligência artificial, numa visão muito pioneira da revolução que estava a iniciar-se. O género ciberpunk nascia com uma personagem (um programador) desajustado e cheio de vícios. Um anti-herói que usava a Matrix muitos antes dos irmãos Wachowski fazerem a conhecida trilogia. O filme, do livro, tem sido constantemente adiado, mas 2014 pode ser o ano em que chega às salas de cinema.
Contacto – Carl Sagan, 1985
Anos e anos de observação do Espaço, levam uma equipa de investigadores a receber um sinal alienígena que traz os planos para construir uma máquina que permite viagens intergalácticas. O livro mais tarde foi adaptado por Robert Zemeckis (em 1997) num filme dedicado a Carl Sagan (falecido em 1996). Tal como o livro, o filme mistura religião com ciência.
Parque Jurássico – Michael Crichton, 1990
Extrair ADN de dinossáurios a partir de mosquitos fossilizados em âmbar. A premissa desenhada por Michael Crichton, deu origem à clonagem de dinossáurios por parte de uma empresa que cria um parque temático numa ilha. A Natureza não pode ser controlada como vão perceber os cientistas, da pior maneira. O livro foi adaptado ao cinema por Steven Spielberg em 1993 e teve duas sequelas.