Agbogbloshie fica no Gana e foi considerado um dos locais mais poluídos do planeta. A segunda maior lixeira de desperdício eletrónico do mundo recebe grande parte das 215 mil toneladas de lixo que o país importa, principalmente da Europa.
David Fedele, um realizador australiano, passou três meses nesta lixeira gigante a documentar a vida das pessoas que fazem dos restos de impressoras e iPods um modo de vida. O FastCompany dá conta de que o local queima lixo durante 24 horas por dia, sete dias por semana produzindo um fumo tóxico cujo cheiro é indescritível. O objetivo? Derreter o plástico do que até há pouco tempo eram smartphones ou computadores para obter pequenas quantidades de metal (principalmente cobre e alumínio) e revender. O que sobra fica no local, que se vai tornando cada vez mais tóxico.
O trabalho na lixeira é, segundo Fedele, extremamente organizado. Os patrões trazem novas cargas de desperdício diariamente, que é queimado por equipas de quarto ou cinco crianças. À tarde, os patrões pegam no metal e vão vender aos comerciantes que rondam o local.
O realizador diz que se vê mais como artista do que ativista, apesar de querer que pensemos enquanto sociedade nas consequências do nosso estilo de vida.