As entidades que supervisionam as políticas de privacidade na França, Espanha, Holanda, Reino Unido, Alemanha, e Itália vão dar início a investigações sobre as políticas de privacidade que a Google tem posto em prática desde o ano passado.
As seis entidades, que formam a Task Force da UE para a análise das políticas de privacidade da Google, consideram que política de privacidade unificada da Google pode não estar em conformidade com as normas europeias, uma vez que não permite saber o tratamento e os fins a que são sujeitos os dados pessoais dos internautas.
Coincidência ou não, hoje soube-se que a diretora de privacidade da Google, Alma Whiten, está de saída da Google (não há informação sobre se se tratou de um despedimento, ou se foi a própria que apresentou a demissão).
«Os membros da Task Force vão rever esta posição consoante os critérios definidos pelas legislações em vigor nos vários países. Caso os receios relativos à proteção de dados se confirmem, deverão ser aplicadas medidas de supervisão em cada um dos estados-membros», informa Johannes Caspar, comissário para Privacidade e Liberdade de Informação de Hamburgo, Alemanha, num e-mail trocado com a ArsTechnica.
Apesar de as investigações só agora terem início, já há quem tenha sentenciado a Google como culpada por violação da Diretiva Europeia de Proteção de Dados: A Comissão Nacional de Liberdade e Informação de França declarou em fevereiro que a política de privacidade da Google não respeita a legislação europeia – e por isso está já a preparar uma investigação de âmbito nacional.
Face a esta posição de força, a Google tenta aligeirar os ânimos: «A nossa política de privacidade respeita a legislação europeia e permite criar serviços mais eficazes e simples. Assumimos o compromisso de envolver as entidades que supervisionam a privacidade neste processo, e vamos continuar a fazê-lo no futuro», referiu fonte oficial da Google em declarações reproduzidas pela ArsTechnica.