Não é preciso saber de programação – e nem é preciso ser um perito em tecnologias: para apresentar uma candidatura ao Lisbon BIG Apps basta uma ideia e uma inscrição no site que o primeiro concurso de aplicações para telemóveis e tablets que tem a capital por tema, acaba de lançar.
«Nos casos em que os candidatos apenas têm uma ideia e não têm conhecimentos técnicos, podemos ajudar a estabelecer a ligação com pessoas que sabem de tecnologias», explicou Miguel Muñoz Duarte, responsável da iMatch, durante a apresentação do Lisbon BIG Apps que decorreu esta manhã na capital.
O período de inscrições no concurso termina a 8 de abril, seguindo-se depois uma seleção de 15 finalistas por um júri de peritos nacionais e internacionais. Uma vez apurados, os 15 finalistas terão pouco mais de dois meses para desenvolverem as respetivas apps, que deverão ser apresentadas no dia 24 de junho, num evento que também deverá contar com uma conferência.
Dos 15 finalistas, serão escolhidos três vencedores que deverão repartir prémios avaliados em 200 mil euros (entre os quais se encontram 20 mil euros de dinheiro, seis meses numa incubadora, um ano de formação/mentoring e alojamento de serviços na web).
Henrique Fonseca, Diretor de Serviços de Internet Móvel e Conteúdos da Vodafone, aproveitou a apresentação desta manhã para recordar que o concurso Lisbon Big Apps não se fica pela mera produção de apps e está apostado em fomentar o aparecimento de novas empresas e negócios. Quanto à qualidade dos candidatos, o responsável da Vodafone mostrou otimismo: «Os vencedores de todos os concursos que organizámos em Portugal ficaram sempre em primeiro ou nos três primeiros lugares dos concursos que a Vodafone organiza no estrangeiro».
Os candidatos vão poder usar mais de 100 repositórios de dados relativos a Lisboa para desenvolverem os seus projetos e encontrar as áreas que poderão revelar maior potencial de negócio. Graça Fonseca, Vereadora da Economia, Inovação e Modernização na Câmara Municipal de Lisboa, sugeriu às várias empresas e entidades privadas que seguissem o exemplo e disponibilizassem igualmente repositórios de dados que permitam o aparecimento de novas ferramentas e soluções. No que toca às áreas mais “necessitadas” de apps, a vereadora deixou algumas pistas: A área do turismo, que é apontada cada vez mais como um motor económico da cidade; a área dos estudantes que vêm fazer os seus cursos para Lisboa; e ainda a ocupação e atividades de espaços públicos.