Na Apple, as expectativas que tanto ajudaram a valorizar os títulos bolsistas nos últimos anos revelam-se agora um “inimigo” a ter em conta. Ontem, 14 casas de corretagem que operam em Wall Street previram um “corte” no valor bolsista da “marca da maçã”. Em média, o “corte” previsto ascende a 149 dólares por ação, revela a Reuters.
Porquê este súbito “corte”, quando a companhia acaba de bater um novo recorde de lucros trimestrais? Talvez só mesmo a psicologia das massas e as expectativas dos investidores de Wall Street o possam explicar: A Apple apresentou um lucro trimestral de 13,1 mil milhões de dólares, e uma receita de 54,5 mil milhões de dólares. Os valores terão ficado abaixo do crescimento médio dos trimestres anteriores – e, mais importante ainda, não coincidiram com as expectativas dos investidores.
Entre os especialistas, é ainda apontada uma terceira razão: os lucros da Apple não foram maiores porque os iPhones já estarão a sentir dificuldades em impor-se nas denominadas “guerras dos ecrãs”, que têm tido como protagonistas telemóveis de marcas asiáticas que têm ecrãs de cinco (ou mais) polegadas.
Alheia às crises de crescimento da Apple, a Nokia interrompeu a descida aos infernos para anunciar um regresso aos lucros trimestrais com um lucro operacional de 585 milhões de euros. Desde 2011 que a companhia finlandesa não fechava um trimestre com lucros operacionais – mas este não é o único dado inédito a registar nos números da marca nórdica. Em 143 anos de história (sim, a Nokia não fez sempre telemóveis) nunca a Nokia tinha retido os dividendos que poderiam ser entregues aos acionistas.
Tesouraria à parte, há agora uma razão para a Nokia encarar o futuro próximo com maior confiança: a venda de Lumias passou de 2,9 milhões unidades no terceiro trimestre de 2012 para 4,4 milhões de unidades no último trimestre de 2012. Um crescimento próximo dos 50%..
