A decisão foi divulgada hoje no Diário da República, com a pubicação de um despacho assinado por Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, e por Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros.
No despacho, o governo alega «incumprimento da obrigação de executar o projeto de investimento nos termos e prazos contratualmente fixados» e revela dúvidas quanto à capacidade da JP Sá Couto para «manter as condições de financiamento necessárias» para a construção da nova fábrica.
Em março de 2011, a marca que produz os computadores Magalhães e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) assinaram um contrato previa a atribuição de incentivos financeiros pelo Estado à construção de uma fábrica de computadores em Matosinhos. O projeto estava orçado em 10,9 milhões de euros e previa a criação de 200 postos de trabalho e uma faturação de 3,2 milhões de euros, em 2016.
Nenhum destes números terá chegado para convencer os responsáveis governamentais a manterem o apoio financeiro à JP Sá Couto.
A proprietária das marcas Tsunami e Magalhães não só perde os montantes relativos às ajudas do Estado, como terá de devolver, com juros, os apoios financeiros que recebeu depois de assinar o contrato.