Eugene Kaspersky, o presidente e fundador da empresa de segurança com o seu nome, afirma que as «ciberarmas são a invenção mais perigosa deste século», noticia o New York Times. O especialista russo não tem dúvidas ao dizer que os governos dos EUA e Israel estiveram por trás da criação e divulgação destas botnets, que já afetaram milhões de utilizadores.
A Kaspersky Lab está a estudar três worms que terão sido criados por governos para atrasar e sabotar o programa nuclear do Irão. A empresa encontra-se agora numa situação complexa, uma vez que há suspeitas da sua ligação com o governo russo. Eugene sempre negou estas ligações. A Rússia, pela voz do seu ministro das Telecomunicações, veio a público em maio pedir que as ciberarmas sejam banidas dos confrontos entre países. O facto de a empresa estar a revelar pormenores sobre a Flame, por exemplo, só vem reforçar este pedido feito pela Rússia.
Este tipo de código malicioso pode ser usado para deitar abaixo a grelha de fornecimento elétrico ou de água ou outras estruturas vitais para os países, explica o New York Times.
Os EUA, por sua vez, apelaram a que a Rússia combata mais eficazmente o cibercrime (que floresce naquele país) e não se comprometeram a banir as ciberarmas. De acordo com James A. Lewis, do Center for Strategic and International Studies de Washington, esta é uma «conspiração russa para desarmar os EUA num campo em que os militares norte-americanos têm vantagem».