
O governo britânico já tinha anunciado que os participantes nos motins iam ser punidos exemplarmente – e Jordan Blackshaw, de 20 anos, e Perry Sutcliffe-Keenan, de 22, acabam de registar no cadastro a promessa de justiça lançada a partir dos ministérios londrinos.
Só que as duas penas de prisão, que foram aplicadas uma semana depois dos motins, estão a causar constrangimentos dentro do governo britânico, que é suportado pela coligação entre o partido Conservador e os Liberais Democratas.
Para os conservadores, as penas de prisão justificam-se, mas os responsáveis dos Liberais Democratas recordam que as mensagens que os dois jovens colocaram no Facebook não geraram qualquer ataque em específico.
"Se tivessem escrito estas mensagens antes dos motins, estes jovens não teriam recebido sentenças tão pesadas", frisou Tom Brake, membro do partido Liberal Democrata, em declarações transmitidas pela BBC.
Jordan Blackshaw foi condenado por ter convocado, através do Facebook, um motim para a noite de 8 de agosto, frente a uma cadeia de fast food da cidade de Norwich. A polícia descobriu a convocatória atempadamente e Blackshaw foi preso, apesar de ninguém ter comparecido para levar a cabo o motim, noticia o The Guardian.
Perry Sutcliffe-Keenan criou uma página Web durante a madrugada de 9 de agosto. O site tinha o pouco recomendável título de "Warrington Riots" e, segundo os juízes britânicos, terá gerado o pânico entre a população da pequena localidade, depois de ter começado a ser divulgado no Facebook.
Apesar do alarme gerado nos conterrâneos, o site de Perry Sutcliffe-Keenan não chegou a gerar qualquer motim. De resto, o jovem eliminou a página web pouco depois de a lançar – e pediu mesmo desculpa pela brincadeira de mau gosto. O que não livrou de servir de exemplo para quem usou a Net para organizar motins e pilhagens em Inglaterra.