
A operadora liderada por António Coimbra elogia as vantagens do leilão de frequências, mas questiona o mecanismo de atribuição de espetro: "o projeto de leilão apresentado pelo ICP-ANACOM não é claro sobre várias medidas que são fundamentais para permitir uma decisão esclarecida e ponderada de investimento por parte dos potenciais licitantes, como é o caso da garantia de transparência sobre candidatos e licitantes que é indispensável para assegurar, num ambiente competitivo, o correcto equilíbrio entre o valor a pagar pelo espetro e o necessário investimento a posteriori para desenvolver a rede".
Os responsáveis da Vodafone reiteram ainda que o modelo adotado deveria permitir a substituição ou a complementaridade de frequências.
Considerando que o "leilão sequencial não é a melhor opção", a Vodafone exorta a Anacom e o Governo, enquanto entidades responsáveis pela atribuição das licenças de exploração do espetro disponível, a reverem o modelo de leilão que deverá ser aplicado às redes 4G.
O leilão das redes 4G deverá ter lugar em junho. Até ontem esteve em curso uma consulta pública para a recolha de opiniões e propostas sobre o processo de licitação das licenças de exploração das rede 4G.
Na imprensa nacional, já foi noticiada a intenção da Anacom em realizar um leilão de oito categorias e 33 lotes de frequências.
O leilão incide sobre as frequências dos 450, 800, 900 e 1800 MHz, e também as faixas dos 2,1 e 2,6 GHz.
Estima-se que, no total, o leilão renda 462 milhões de euros ao estado português.
As redes 4G deverão operar com as tecnologias LTE (de Long Term Evolution), que permite alcançar velocidades 100 Mbps em download e 50 Mbps em upload.