Stephen Elop já tem experiência no setor tecnológico: antes de ser convidado para liderar a maior fabricante de telemóveis do mundo, passou pela Adobe e pela Microsoft. Nesta última marca, liderou o segmento empresarial, informa a BBC.
A contratação de Elop é encarada como uma tentativa de viragem no rumo da companhia: ao trocar um líder finlandês que fez toda a carreira dentro da companhia por um executivo canadiano que teve várias passagens por algumas das maiores marcas das tecnologias, a Nokia tenta não só injetar "sangue novo" na administração, como também encontrar uma reação à pressão bolsista e ao crescendo de popularidade e vendas da concorrência.
A Nokia ainda lidera o mercado dos telemóveis com uma margem considerável, mas os analistas lembram que, nos smartphones, têm sido o iPhone da Apple e os modelos das marcas asiáticas (HTC e Samsung) que lideram as tendências.
Apesar de o segmento dos smartphones ainda ter uma dimensão reduzida, os lucros não tardaram em refletir os efeitos da perda de liderança tecnológica e comercial (quebra de 40% dos lucros no segundo trimestre de 2010).
A saída de Kallasvuo já era esperada há algum tempo: nos bastidores e na imprensa especializada, por mais de uma vez se aventou que o agora ex-presidente da Nokia estava de "malas feitas".
Afinal, esses rumores só acertaram parcialmente: Kalasvuo vai passar para um cargo não executivo da administração da Nokia, tendo recebido uma compensação de 4,6 milhões de euros aquando da demissão.
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