O processo liderado pelo Electronic Privacy Information Center (EPIC) acusa o Facebook de atentar contra a privacidade dos utilizadores ao permitir que informação pessoal e fotos inseridas nos vários perfis se tornem "pesquisáveis" pelos motores de busca.
Os responsáveis do EPIC fundamentam a acusação numa tese menos ortodoxa: "Baseados nos dados obtidos a partir lista de perfis e amigos dos utilizadores do Facebook, investigadores do MIT descobriram que, analisando as amizades feitas online, se poderá concluir se uma pessoa é ou não gay", refere a acusação, citada pela PC Pro.
Os activistas da privacidade lembram ainda que as novas regras do Facebook permitiram identificar familiares de membros da oposição iraniana no exílio, que se terão pronunciado contra o regime dos ayatollahs, acabando por incriminar os parentes que se mantiveram no país asiático.
Em resposta ao processo interposto na FTC, a Facebook reitera que as novas regras foram discutidas com dezenas de organizações especializadas na defesa da privacidade e lamenta que a EPIC tenha preferido partilhar as suas preocupações com as autoridades norte-americanas, em vez de debatê-las com os responsáveis do portal social.
O Facebook acrescenta que as novas regras contemplam algum grau de personalização e os utilizadores são livres de escolher que informação pode ser distribuída na Net – o que não impediu Mark Zuckerberg, fundador da Facebook, de ver algumas fotos pessoais distribuídas na Net.
Zuckerberg reagiu ao "caso", dizendo que as fotos tinham sido disponibilizadas de livre vontade no portal… mas verdade é que, pouco depois, essas mesmas fotos deixaram de estar disponíveis no perfil do responsável do portal social.
Concorda com as novas regras de privacidade do Facebook? Com o nickname ou o nome real, dê aqui a sua opinião.