A maior vantagem para quem joga StarCraft e outros títulos semelhantes é adquirirem um pensamento mais flexível e a capacidade de pensar em vários cenários em simultâneo. Estes jogos exercitam a flexibilidade cognitiva, ou seja, a capacidade de adaptar o uso do cérebro às circunstâncias que estão sempre a alterar-se, noticia a Cnet.
As conclusões fazem parte de um estudo conduzido por investigadores das Universidades do Texas e de Londres. «A flexibilidade cognitiva é uma capacidade que se pode treinar», conclui o estudo, referindo que um dos métodos que podem ser usados é o jogar StarCraft durante 40 horas.
O estudo teve três grupos distintos: um que jogava The Sims, outro que se dedicou ao StarCraft em modo Iniciante, e o último que se dedicou ao StarCraft em modo avançado. Os utilizadores deste último grupo conseguiram adaptar os recursos do cérebro mais rapidamente.
O teste foi conduzido junto de pacientes mulheres porque houve poucos voluntários masculinos que não jogassem nada a inscrever-se. Os investigadores precisavam de estudar o cérebro de utilizadores que não estivessem habituados a jogar.
No segundo cenário de StarCraft, os utilizadores conseguiram acompanhar a evolução de duas bases contra dois inimigos, registar a produção de recursos e armas em ambas as situações e manter-se focados em duas ou mais atividades em simultâneo. Esta capacidade, transposta para a vida real, pode indicar maior rapidez na tomada de decisões e a possibilidade de executar várias tarefas em simultâneo.
Ao que tudo indica, algumas das capacidades do cérebro parecem sair fortalecidas com este tipo de jogos. O debate sobre a utilização dos videojogos deve continuar, no entanto, a centrar-se na violência e na diminuição das capacidades sociais de quem joga durante muito tempo. No entanto, dada a complexidade de funcionamento do cérebro e das circunstâncias envolventes, dificilmente teremos um estudo conclusivo nos próximos tempos.