A agência francesa de privacidade de dados CNIL multou a Alphabet, empresa mãe da Google, em 150 milhões de euros e a Facebook da Meta em 60 milhões de euros por dificultarem a recusa de cookies aos utilizadores de internet franceses.
Os cookies são pequenos fragmentos de dados que ajudam a construir campanhas publicitárias digitais direcionadas, e que são facilmente aceites através de um clique num botão virtual fornecido para esse efeito. A CNIL acusa o Facebook, o Google e o Youtube de não permitirem a recusa dos cookies tão facilmente como é aceitá-los.
O consentimento prévio dos utilizadores da internet para o uso de cookies é um pilar fundamental da regulamentação de privacidade de dados da União Europeia e uma das prioridades da CNIL que, além do pagamento da multa, exige que as empresas forneçam ferramentas mais simples para recusar cookies e garantir o consentimento dos internautas franceses. As tecnológicas têm três meses para cumprir as normas ou enfrentam uma penalização extra de 100 mil euros por cada dia de atraso.
Segundo a Reuters, a CNIL reforçou, em 2020, os direitos de consentimento sobre os rastreadores de anúncios, afirmando que os sites que operavam em França deviam manter um registo da recusa de cookies dos utilizadores durante, pelo menos, seis meses e que estes facilmente deveriam conseguir reconsiderar o acordo inicial sobre os cookies através de um link ou de um ícone visível nas páginas de cada site. Nesse mesmo ano, a empresa multou a Google em 100 milhões de euros por esta não pedir o consentimento prévio dos visitantes para guardar cookies de publicidade nos computadores e não fornecer informações sobre como o fazia.