A Signal encetou uma manobra que pode ser vista como ativismo com um misto de autopromoção contra a Facebook. A empresa, que se especializou na troca privada de mensagens, quis mostrar como funciona a máquina de publicidade dirigida, que recolhe dados dos utilizadores, classificando-os de forma granular consoante o seu comportamento e os seus interesses.
Numa publicação no seu blogue, a Signal publica uma série de mensagens que a Facebook ou Instagram teriam sido capazes de criar com base nas informações que recolhem. As mensagens mostram, de uma forma assustadora, a quantidade de detalhes que estes serviços obtêm sobre os seus utilizadores: “Está a ver este anúncio porque é um instrutor de Pilates recém-casado e gosta de cartoons. Este anúncio usa a sua localização e sabe que está em La Jolla. Você gosta de blogues de parentalidade e está a pensar em adoção LGBTQ”. Depois desta campanha, a Signal publicou uma mensagem onde acusa “a Facebook está mais que recetiva a vender visibilidade sobre a vida das pessoas, a não ser que seja para mostrar às pessoas como os seus dados estão a ser usados. Ser transparente sobre a forma como os anúncios usam os dados é aparentemente motivo para ser banido. No mundo do Facebook, o único uso aceitável é se for escondido da audiência”.
Esta mensagem surge depois de a conta da Signal na Facebook ter sido suspensa. Alex Heath, da empresa de Zuckerberg, explicou ao The Information que se trata de uma tentativa de proeza da Signal e que a conta da empresa está temporariamente suspensa devido a um problema com pagamentos e que não está relacionado com este tema.