O ataque à sinagoga de Halle, na Alemanha, e que vitimou duas pessoas, foi transmitido em direto na plataforma de vídeo Twitch. De acordo com a tecnológica norte-americana, o vídeo foi visto, em tempo real, por cinco pessoas, mas como ficou mais tempo disponível na plataforma antes de ser removido, acabou por ser visto por 2200 pessoas.
«O Twitch tem uma política de tolerância zero contra condutas de ódio e qualquer ato de violência é levado muito a sério. Trabalhamos com urgência para remover o conteúdo e vamos suspender permanentemente qualquer conta que publique ou republique o conteúdo deste ataque abominável», escreveu a empresa num comunicado feito na rede social Twitter.
Apesar de já não estar disponível no Twitch, a imprensa norte-americana diz que o vídeo do ataque ainda está acessível noutras plataformas online.
Ainda de acordo com o Twitch, o principal suspeito do ataque criou um perfil na plataforma em agosto e só tinha tentado, por uma vez, fazer uma transmissão em direto. A tecnológica garante ainda que o vídeo não foi mostrado em qualquer diretório ou lista de recomendações, tendo a distribuição do vídeo sido feita maioritariamente através de serviços de mensagens instantâneas.
O ataque à sinagoga de Halle, que aconteceu nesta quarta-feira, é mais um exemplo de como as plataformas sociais têm dificuldade em impedir a disseminação de conteúdos violentos, sobretudo quando são transmitidos em direto. Um caso semelhante já tinha acontecido em março, no tiroteio de Christchurch, na Nova Zelândia, que vitimou mais de 50 pessoas e foi transmitido em direto no Facebook.