A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) aconselhou a participação num curso online de cibersegurança a todos os profissionais do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O objetivo é fazer com que os profissionais de saúde fiquem mais preparados para lidar com riscos de segurança informática.
«Temos já perto de 2.000 profissionais que concluíram o curso com sucesso e estamos convictos de que conseguiremos elevadas taxas de sucesso dentro das próximas semanas, conforme os profissionais do SNS regressam de férias», explicou a SPMS, em resposta por email, à Exame Informática.
A entidade pública empresarial (EPE), responsável pelas soluções informáticas da área da saúde, determinou a todos os seus colaboradores a obrigatoriedade de realização da formação, mas apesar de ter sido feita uma inscrição «centralizada e faseada» dos 138 mil profissionais do Serviço Nacional de Saúde, desde 19 de junho, o curso não será obrigatório para todos.
«Apesar desta iniciativa estar a ser promovida centralmente, a maioria dos hospitais públicos reveste-se de natureza de entidade pública empresarial, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, pelo que a obrigatoriedade de frequência do curso pelos seus colaboradores é determinada de forma individual, atendendo às relações contratuais e laborais existentes», adianta a SPMS.
A formação em questão é o Curso do Cidadão Ciberseguro, criado pelo Centro Nacional de Cibersegurança, e que dá aos utilizadores conhecimentos sobre a chamada “higiene digital” e envolve métodos de deteção, proteção e prevenção de riscos de cibersegurança – neste caso, aplicado aos colaboradores que prestam cuidados de saúde públicos aos portugueses.
«Estando as ferramentas e processos de trabalho, cada vez mais, associados a tecnologias e sistemas de informação, acreditamos que com colaboradores mais informados, existirá uma organização mais preparada e consequentemente um ecossistema de saúde mais protegido de ciber-riscos», explicou ainda a SPMS em resposta.
A SPMS diz que esta iniciativa faz parte de «um alargado conjunto de atividades e ações no âmbito da segurança de informação e cibersegurança» que a organização executa «de forma contínua».
«Uma vez que a SPMS detém, em articulação com o Gabinete Nacional de Segurança/Centro Nacional de Cibersegurança, responsabilidades em matérias de cibersegurança na área da saúde, nomeadamente na promoção de comportamentos organizacionais orientados a uma cultura de gestão de riscos e alinhamento de boas práticas comuns, foi disponibilizada uma instância do Curso do Cidadão Ciberseguro para as diversas instituições de saúde do MS/SNS», detalha.