A quebra foi mais intrusiva e preocupante do que foi assumido publicamente, confirma uma investigação do New York Times. Com a exploração desta vulnerabilidade, os hackers conseguiram ler mensagens que o presidente Barack Obama enviou para esta rede e que tenham vindo desta rede não classificada para o próprio Obama.
Na Casa Branca, muitos elementos do staff têm dois computadores nos escritórios, um numa rede bastante segura e encriptada e outro ligado à Net, para comunicações livres. A rede mais segura, a JWICS, de Joint Worldwide Intelligence Communication Systems, é partilhada entre a Casa Branca, o Pentágono, o Departamento de Justiça e as agências de espionagem e não foi pirateada.
O hack foi descoberto em outubro de 2015 e foi rapidamente associado a hackers russos, que podem ou não ter ligação com o governo de Putin. Esta identificação com a Rússia não foi assumida publicamente, mas fontes internas próximas confirmam a suspeita.
Em novembro do ano passado, os administradores de sistemas detetaram também vulnerabilidades e possíveis intrusões no sistema de e-mail da rede não classificada e tiveram de o colocar offline durante algum tempo.
Ainda não se sabe se será consequência desta falha ou não, mas os elementos do staff de Obama já revelaram que o ritmo com que o presidente dos EUA lhes envia e-mails tem baixado nos últimos tempos.