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Os portugueses gostam de futebol? Os números revelados por Rolando Oliveira, vice-presidente do Grupo Controlinveste, mostram que, apesar de gostarem de futebol, há muitos portugueses que não estão dispostos a pagar para vê-lo na TV: Em dois anos, a SportTV fechou 650 sites piratas, eliminou 75 mil ligações de streaming ilegal na Internet, e conseguiu remover 8000 vídeos que não respeitam os direitos de autor.
Rolando Oliveira recorda que já há portais, como YouTube, que respeitam as boas práticas, mas também destaca que, no lado obscuro da Internet, «há todo um mundo que foge a toda a regra e controlo».
«Há sites que vão buscar vídeos a um país, registam o site noutro país e ainda têm reprodutor de vídeo num terceiro país», acrescenta o administrador da empresa que detém a SportTV, no Congresso das Comunicações.
Rolando Oliveira descreve a pirataria de transmissões de TV como um negócio que tem na publicidade de produtos de legalidade duvidosa o principal financiador (representa 80% do valor). Rússia, Azerbaijão e Holanda são os países de origem de muitos dos sites/serviços de pirataria de canais da Sport TV.
Rolando Oliveira lembra que a lei portuguesa já prevê a criminalização da pirataria e o bloqueio de acessos, mas exorta o Governo a criar mecanismos mais ágeis que facilitem a remoção de links e sites piratas. O líder da Controlinveste dá o exemplo sucedido com três sites que foram alvo de queixa da Sport TV em tribunal: «No dia em que eles souberam que iríamos bloqueá-los, abriram dois sites parecidos ao lado».
Pedro Norton, diretor da Impresa (empresa que detém a Exame Informática, a SIC e o Expresso, entre outros títulos), alinhou com Rolando Oliveira quanto à necessidade de criar uma entidade reguladora que agilize a remoção de conteúdos piratas veiculados na Internet. «O mínimo que se pode pedir ao Estado é que faça cumprir as leis que ele próprio criou», acrescentou.