A DNS.pt, a associação que gere o domínio .pt, aprovou novas regras de endereços após ter recebido o parecer positivo do respetivo Conselho Consultivo. Entre as principais novidades, destaca-se a possibilidade de registar endereços com apenas dois carateres (atualmente são exigidos pelo menos três) a partir de 1 de novembro, como a Exame Informática apurou em primeira-mão.
Grande parte das novas regras que acabam de ser aprovadas para o domínio de topo para Portugal entra em vigor antes da possibilidade de registo de endereços com dois carateres: a 16 de junho deixa de ser permitido registar domínios coincidentes com os gTLD que já tenham sido registados (domínios genéricos de topo aprovados pela ICANN, como .book; em Portugal, apenas foram solicitados o .meo ou .sapo), mas é permitido registar endereços similares a gTLD que estejam em vias de ser registados.
Outra das medidas aprovadas visa restringir o registo de endereços que poderão gerar abusos relacionados com toponímias.
Luísa Gueifão, diretora da DNS.pt, recorda que as novas regras pretendem adequar o registo de endereços em .pt a um novo modelo de gestão, que já não está dependente da extinta Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).
«Não receamos um aumento de conflitualidade. Poderá haver um aumento no que toca ao registo de endereços, mas deverá ser marginal. O verdadeiro impacto será criado pela campanha publicitária que acabamos de lançar para as ruas», refere a líder da DNS.pt quando inquirida pela Exame Informática.
A DNS.pt pretende chegar a um milhão de endereços registados em .pt até 2016. Atualmente, há 680 mil endereços registados no domínio de topo de Portugal.