
Westinghouse, United States Steel e Alcoa: são grandes nomes da indústria dos EUA – e têm em comum o facto de, alegadamente, constarem no rol de vítimas de ciberataques desencadeados pelo Exército Chinês.
Ontem, numa conferência de imprensa realizada em Washington, escreveu-se mais um episódio num caso que já tinha gerado tensão entre EUA e China no ano passado: numa iniciativa que não tem muito equivalentes na história diplomática dos EUA, o governo norte-americano exigiu a Pequim que extraditasse os oficiais do exército chinês Wang Dong, Sun Kailiang, Wen Xinyu, Huang Zhenyu, and Gu Chunhui, a fim de que possam ser julgados por alegados atos de ciberespionagem.
John Carlin, assistente do Procurador Geral reponsável pela segurança dos EUA, justificou a investida da justiça da seguinte forma: «Acusamos membros da Unidade 61398 de conspirarem através de ciberataques aos computadores de seis empresas dos EUA, com o objetivo de roubar informação que poderá providenciar vantagens económicas aos concorrentes dessas vítimas, entre eles as empresas detidas pelo Estado Chinês».
O ministério dos negócios estrangeiros chinês não demorou a reagir, através de um comunicado que não hesita em classificar as acusações como uma «fabricação» que «urge ser corrigida imediatamente». «Trata-se de uma violação grave das normas básicas das relações internacionais e prejudica a cooperação entre sino-americana e a confiança mútua».