As autoridades portuguesas estão a preparar-se para um alegado mega-ataque do grupo de hacktivistas Anonymous consiga contra serviços online e sites de ministérios, organismos públicos e grandes empresas.
O alerta tem por base um megaprotesto global contra a austeridade. O ataque estará agendado para o final de fevereiro, refere o Diário de Notícias sem adiantar qualquer data para as ciberhostilidades. Nas pesquisas efetuadas na Internet, não é possível descobrir referências sobre este ataque global.
No blogue dos Anonymous Portugal, há apenas uma convocatória para um protesto nas ruas contra alegados abusos de privacidade e iniciativas que visam reforçar os sistemas de vigilância dos cidadãos, com especial destaque para o projeto europeu INDECT, que visa o desenvolvimento de novos mecanismos de segurança e antiterrorismo.
Face aos primeiros sinais de um possível ataque, o SIS delegou no seu Departamento de Contra-subversão a monitorização de dos Anonymous Portugal. Há mesmo quem garanta que já terão sido arregimentados alguns espiões, que poderão desviar informação preciosa nos chats onde os hackers organizam as suas ações.
O hipotético mega-ataque agendado para o final de fevereiro vem colocar no topo da agenda o atraso na criação de um Centro Nacional de Cibersegurança em Portugal, que segundo as diretivas europeias, deveria ter sido estabelecido até ao final de 2012. Ao que a Exame Informática apurou em primeira-mão, o Governo não avançou com o projeto proposto pela Autoridade Nacional de Segurança (ANS). A publicação de uma resolução de conselho de ministros no Diário da República no final de 2012 dava conta de que a criação do CNC poderia apenas ocorrer em 2016.