Com Duolingo, até um espanhol consegue falar inglês
Rezam as crónicas que a ideia de criar o Duolingo partiu de Luis von Ahn, um investigador de origem guatemalteca que se encontra a trabalhar na Universidade de Carnegie Mellon, e que não se conforma com o reduzido número de sites redigidos em castelhano.
Em parceria com o seu colega de nome sugestivo Severin Hacker, von Ahn começou a pensar num sistema que pudesse contar com a participação dos internautas e conseguisse superar as limitações das traduções automáticas que hoje são disponibilizadas por ferramentas como o Google Translate. A solução passou pelo recurso às multidões de internautas que hoje navegam de site em site – e que até podem nem ser propriamente tradutores experientes.
Para captar o maior número de voluntários possível, o site Duolingo promete aulas em línguas estrangeiras. Os internautas que enveredem por estes “cursos on-line” são confrontados com exercícios de repetição de frases , e também traduções e uso de expressões em vários contextos, a título de exercício de aprendizagem.
Todos estes exercícios servem igualmente para ensinar o sistema a fazer traduções de textos aleatórios. Os números revelam que os dois investigadores da Universidade de Carnegie Mellon tinham razão quanto à utilidade de uma ferramenta de tradução na Net: em apenas uma semana, o Duolingo garantiu 125 mil utilizadores que ajudaram a traduzir mais de 75 milhões de frases da Wikipédia.
Atualmente, o site disponibiliza aulas de castelhano, alemão, francês e inglês. Até ao final do ano deverão ser lançadas aulas em mandarim e português, noticia a Technology Review. Segundo os responsáveis pelo Duolingo, já há internautas que passam mais de 100 horas no site. Luis von Ahn acredita que cinco horas de exercício no Duolingo já serão suficientes para um qualquer turista desenvencilhar-se no estrangeiro.
Em breve, os alunos do Duolingo vão poder usar este site para fazer traduções dos seus prórpios textos.