
A consultora britânica refere mesmo que os cibercriminosos não têm de proceder a qualquer intrusão ou ataque de sistema – o domínio dos parâmetros e critérios das pesquisas efetuadas por motores de busca como o Google pode ser suficiente para chegar aos dados dos cartões de crédito de múltiplos utilizadores.
Inquirido pela PC Pro, Neil Lathwood, director de tecnologias da UKFast, explica como o rei dos motores de busca se pode tornar numa ferramenta útil para os amigos do cartão de crédito alheio: "O Google é muito bom a indexar conteúdos, o que significa que qualquer ficheiro de back up armazenado num servidor, mesmo sem estar associado a um website, pode ser descoberto por qualquer pessoa sem grandes conhecimentos técnicos".
Numa das investigações sobre o assunto, a UKFast terá conseguido descobrir nomes, datas de validade e códigos de segurança de mais de 1800 cartões de crédito usados para pagar encomendas a uma cadeia de restauração americana.
Os responsáveis da UKFast recordam que estas fugas de informação podem fazer tantos ou mais estragos quanto os ataques que recorrem a ferramentas tecnológicas mais sofisticadas.
A título ilustrativo do risco que paira sobre as contas bancárias de milhares de cidadãos, Neil Lathwood recorda que já encontrou vários anúncios de venda de dados de cartões de crédito na Internet por cinco dólares.