Num artigo publicado pelo jornal Scientific American, Berners-Lee sublinha que o rei dos portais sociais tem vindo a "fugir dos princípios de adotou no início".
O investigador britânico lembra que a WWW foi criada com base nos princípios de igualdade entre produtores de conteúdos e internautas e que o aparecimento de portais sociais que limitam o acesso a dados e a conteúdos não só lesa os utilizadores como também poderá ser uma ameça para o próprio ecossistema.
"Quanto mais usamos, mais dependentes ficamos. A rede social está a tornar-se a plataforma central – um espaço de armazenamento de conteúdos fechado, que não permite aos utilizadores o controlo total da informação que lá colocam. Quanto maior for o sucesso deste tipo de arquiteturas, maior será a fragmentação da Internet, e menor será a probabilidade de manter este espaço como algo único e universal", atenta o denominado pai da Web.
O Facebook não foi o único alvo de Berners-Lee. O pioneiro das tecnologias aproveitou ainda para lembrar que outras empresas que têm vindo a conhecer um sucesso recente com o desenvolvimento de aplicações para smartphones ou computadores, em vez de optarem por colocarem os respetivos conteúdos e funcionalidades na Web. Neste plano, o iTunes, da Apple, é o principal alvo de críticas.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***
Subscreva a newsletter da Exame Informática e receba todas as notícias sobre tecnologia por e-mail