Palmer Luckey catapultou a realidade virtual para uma nova fase com os Oculus Rift, foi despedido da Facebook por doações políticas controversas e fundou a Anduril, uma empresa que cria drones letais. Antes disto tudo, no entanto, Luckey dedicava-se a modificar Game Boy da Nintendo. Agora, o executivo apresenta o ModRetro Chromatic, uma versão da consola portátil adaptada aos tempos modernos.
O Chromatic tem uma caixa externa em liga de magnésio, ecrã com cobertura de cristal de safira, botões PBT e um ecrã IPS com o mesmo tamanho, resolução e estrutura de píxeis do Game Boy original. Com mais de mil nits de brilho, o ecrã permite sessões de jogo ao ar livre sem dificuldades. Esta nova consola é compatível com os cartuchos originais das consolas Game Boy e Game Boy Color, contando ainda com um chip que permite executar os jogos no seu formato original.
O Chromatic custa 186 euros e vai ser colocado à venda com um cartucho com o jogo Tetris, como aconteceu com a consola Game Boy em muitos países. Este jogo, no entanto, é uma versão recriada internamente pela equipa de Palmer Luckey e que inclui versões reimaginadas da música do jogo original.
Em termos de ligações, há uma porta para um Link Cable, para conectar a outro Chromatic e jogar a dois, uma ligação de áudio de 3,5 mm e USB-C para passagem de vídeo para fontes externas. A autonomia chega a 24 horas com três pilhas AA e é possível recarregar as NiMH AA através de USB-C, noticia o The Verge.
No que toca a jogos, Luckey promete que a empresa vai disponibilizar cartuchos com novos títulos e também “todos os relançamentos físicos e remasters de clássicos do Game Boy, propriedade intelectual completamente nova de programadores independentes, lançamentos originais de Game Boy que foram cancelados antes do lançamento e até alguns títulos que foram cancelados antes que o público os conhecesse”. Na loja da ModRetro, empresa criada para comercializar o Chromatic, estão também à venda alguns jogos compatíveis com a consola, incluindo o recente Dragonhym.
Nesta fase, antevê-se que Luckey opte por produzir e vender apenas uma quantidade limitada desta nova consola. “Não vejo isto como uma forma de fazer dinheiro. Vejo como uma forma de fazer o melhor tributo do mundo ao Game Boy, algo que me vai deixar orgulhoso durante bastante tempo”, afirma Luckey.
Ainda não há data confirmada para os primeiros aparelhos chegarem às mãos dos compradores.