Segundo os dados partilhados pela Philips, há atualmente 3,2 mil milhões de jogadores a nível mundial, um número que deverá subir para 3,5 mil milhões em 2025. No total, o mercado de gaming está avaliado em 196 mil milhões de dólares, sendo que o segmento referente aos monitores valeu 9,7 mil milhões de dólares no ano passado. São números astronómicos e aos quais a Philips presta particular atenção, sendo uma das razões pelas quais acaba de criar uma nova linha dedicada exclusivamente ao gaming.
Batizada de Evnia, baseado no grego ‘eu’ e ‘nous’ (que pode ser traduzido por ‘pensamento inteligente’), esta marca pretende afirmar-se como um ecossistema para gaming, já que disponibiliza monitores e periféricos (ratos, teclados e headsets). Na apresentação, que decorreu em Paris e na qual a Exame Informática marcou presença, César Acosta, responsável europeu de produto da Philips, explicou que a criação da Evnia assentou em três pilares: desempenho – aposta em taxas de atualização elevadas e lags reduzidos para jogos FPS e eSports, e em grandes ecrãs (curvos incluídos) com HDR (em MiniLED, OLED e QD-OLED) para títulos de aventura e RPG; software – com a disponibilização do novo Philips Precision Center, que permite até gravar perfis na cloud; e design, que, como veremos, tenta conjugar a elegância do branco com os efeitos luminosos do Ambiglow.
Assim, a Evnia chegará em três séries: a 3000, que é a mais acessível em termos de preço; a 5000, para quem já procura elevar o patamar da jogabilidade; e a 7000-8000 para quem procura o melhor. No evento de apresentação, as atenções concentraram-se quase exclusivamente nos produtos topo de gama.
O melhor exemplo disso é o monitor 34M2C7600MV um curvo de 34 polegadas com resolução WQHD (3440×1440) que recorre a um ecrã MiniLED. Possui uma taxa de atualização 165 Hz e certificação HDR1400. Estará disponível a partir de dezembro e tem um preço anunciado de €2069.
A acompanhá-lo está o 42M2N8900, um monitor de 42 polegadas, que nos impressionou particularmente na área de demonstração Possui resolução UHD 4K, painel OLED, taxa de atualização de 138 Hz e portas HDMI 2.1. Tem chegada ao mercado prevista para meio de janeiro e custa €1959.
Por fim, referência para o 34M2C8600, um monitor QD-OLED de 34 polegadas com resolução WQHD, taxa de atualização de 175 Hz e certificação HDR TrueBlack 400. Será disponibilizado também em janeiro e o preço anunciado é de €1849.
Refira-se que todos estes monitores têm porta USB-C, suporte para KVM e altifalantes com DTS.
No campo dos periféricos, destaque para os 7000: o rato com 20000 DPI e efeito Ambiglow; o teclado com teclas programáveis e switches Cherry MX; e o headset com drivers de 50 mm e DTS X 2.0. Todos eles são wireless e apenas serão disponibilizados a partir de junho do próximo ano.
Como curiosidade, refira-se que a Philips está sob a alçada da MMD (que adquiriu o licenciamento do nome para os monitores e que, numa espécie de matriosca corporativa, pertence ao grupo TPV), tal como a AOC, outra marca conhecida pelos seus monitores e periféricos de gaming. A Philips não revelou ainda qual será a sua estratégia de mercado e se ela chocará ou não com a oferta da AOC.