A Sony publicou um vídeo onde mostra os seus novos ecrãs de 3D volumétrico. O ecrã parece um normal monitor de 15,6 polegadas, assente num ângulo de 45 graus, mas na verdade tem um revestimento micro ótico e câmara de rastreamento do olhar. Estas duas soluções, em conjunto com os dois conjuntos de pixéis 2K para cada olho, permitem ver conteúdos tridimensionais, de forma realista, sem recurso a óculos. Os objetos, pelo que se vê no vídeo, parecem estar a flutuar no ecrã e aparecem sob perspetivas diferentes conforme o utilizador vira a cabeça ou move o olhar.
Nesta fase, ao que tudo indica, a solução está otimizada apenas para uma audiência de uma pessoa de cada vez, ou seja, quem estiver ligeiramente ao lado ou atrás do utilizador principal não deve conseguir ter a mesma experiência. A implementação da Sony usa até 40 vezes mais pixéis do que fez a Nintendo com a 3DS e permite fazer o rastreamento do olhar do utilizador em três eixos, ao milissegundo, para ajustar dinamicamente o conteúdo a mostrar. O ‘único’ requisito passa por ter um computador Windows poderoso e a correr um motor como o Unity ou o Unreal, com o suporte a Mac a estar previsto para breve.
A Sony destina esta tecnologia, nesta fase, para os criadores de conteúdos profissionais como os animadores de filmes, designers de automóveis, arquitetos ou criativos de AR/VR. A capacidade de previsualizar de forma realista, com possibilidade de ajuste de cor e de iluminação, podem fazer parte da indústria num futuro muito próximo, com a Sony a querer que a solução chegue também ao consumidor final de seguida, explica o VentureBeat.
O ELF-SR1 não tem especificações propriamente impressionantes: 500 nits de brilho, rácio de contraste de 1400:1 e aproximadamente 100% do Adobe RGB, com a taxa de atualização a não ser revelada. O aparelho tem colunas 2:1 e pode ser emparelhado com o controlador de gestos Leap Motion ou com uma caixa proprietária da Sony que bloqueia a luz.
A Sony anuncia que as vendas vão começar em novembro de 2020, com um preço recomendado a rondar os cinco mil dólares.
