Nunca nenhum smartphone topo de gama tinha sido alvo de tantos leaks, pelo que o Samsung Unpacked, que decorre em São Francisco e no qual a Exame Informática marca presença, foi mais uma espécie de confirmação de rumores do que um desfilar de revelações surpreendentes. Mas vamos às novidades oficiais. O Galaxy S10, que assinala o 10º aniversário da linha S, ao contrário do que vinha acontecendo, chega em três versões: o “normal” S10; o maior e mais poderoso S10+; e o mais pequeno e menos dispendioso S10e.
A principal diferença entre eles está no tamanho do ecrã, capacidade da bateria e número de câmaras que cada um incorpora – e, obviamente, no respetivo preço. Assim, o S10+ conta com um ecrã de 6,4” (3040×1040), bateria de 4100 mAh, três câmaras traseiras – uma angular, uma grande angular (123°) e uma telefoto – e uma dupla frontal (16+12+12 MP e 10+8 MP). Já o S10 tem 6,1”, 3400 mAh e possui uma câmara à frente (10 MP) e três atrás (16+12+12 MP). Por sua vez, o S10e tem 5,8”, 3100 mAh e uma câmara frontal, que se junta à dupla traseira (16+12 MP e 12 MP).
Comum a todos eles é o processador Exynos 9820 de oito núcleos, 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento na versão base. Refira-se que a Samsung também decidiu fazer duas versões especiais do S10+, que têm um chassis em cerâmica, 12 GB de RAM e cujo armazenamento pode ser de 512 GB ou 1 TB, ou, para sermos mais exatos, 1,5 TB, já que é possível adicionar 512 GB através de cartão microSD.
Sai o notch, entra o furo
Em termos de design, existem algumas diferenças entre os três modelos. O S10 e o S10+ possuem o estilo edge (ecrã que vai até às laterais) e um sensor de impressões digitais ultrassónico embutido na parte de baixo do ecrã, enquanto o S10e tem o sensor na lateral. A Samsung também abandonou o notch. Assim, como já tínhamos visto no Galaxy A8s ou Honor View 20, as câmaras frontais passam a estar num furo que é colocado num canto do terminal, dando origem àquilo que a marca coreana chama de Infinity-O Display. Refira-se também que este é um ecrã Dynamic AMOLED (já não é Super AMOLED) e que tem certificação HDR10+.
Tal como vimos com o Huawei Mate 20, o S10 tem uma funcionalidade que lhe permite funcionar como uma espécie de powerbank sem fios. Ou seja, basta encostar smartphones compatíveis ou wearables da Samsung ao S10 para que eles comecem a carregar a bateria, uma solução que parece particularmente interessante para quem viaja com frequência e que deixa de precisar de transportar carregadores diferentes.
Outra novidade é o facto do topo de gama do fabricante coreano suportar Wi-Fi 6 (802.11ax). A isto junta-se ainda uma aposta no gaming, com a otimização para Unity Engine, a disponibilização de Dolby Atmos e a incorporação do sistema de cooling Vapor Chamber. E, já agora, na parte de baixo do terminal continua a haver jack 3,5 mm.
Os S10 vão estar disponíveis em verde, azul, preto, branco e amarelo, sendo que este último tom apenas está presente no S10e. Os smartphones chegarão ao mercado português a 8 de março e os preços das versões bases são €779 para o S10e, €929 para o S10 e €1029 para o S10+. A pré-venda começa a 21 de fevereiro e inclui a oferta de uns Galaxy Buds, os novos auscultadores sem fios da Samsung que estarão à venda por €149.
Por fim, refira-se que a Samsung também anunciou o Galaxy S10 5G, que, como o nome indica, funcionará com redes 5G. Esta versão tem um ecrã de 6,7”, câmara 3D e bateria de 4500 mAh. Contudo, inicialmente, apenas será comercializado nos Estados Unidos e na Coreia. Ainda não há data prevista de chegada ao mercado português, uma que o espectro 5G ainda nem foi a leilão no nosso território.