Um táxi autónomo que troca automaticamente a estrada pelo céu, para evitar um congestionamento é a descrição da mais recente proposta do Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, CEiiA, para a mobilidade no futuro. O carro-drone tem vindo a ser desenvolvido há dez anos, cruzando o setor automóvel, aeronáutica e sistemas inteligentes de mobilidade. Helena Silva, diretora-executiva do CEiiA, explica em comunicado que os investigadores desconstruiram o conceito de habitáculo anexado a um conjunto de sistemas que permitem a deslocação. Assim, é possível ter um habitáculo e diferentes sistemas de locomoção, seja pela estrada ou pelos ares.
O drone é acoplado ao veículo, permitindo a sua descolagem e voo em áreas reservadas para o efeito, como por exemplo, parques industriais de construtores automóveis onde irá ser testado numa primeira fase. No futuro, a instituição prevê que o veículo possa ser usado em partilha e on-demand nas cidades, conectado em tempo real com uma plataforma de gestão de mobilidade e integrado de forma eficaz com outras formas de transporte.
O protótipo conta com um investimento global de 18 milhões de euros e está a ser desenvolvido por um consórcio liderado pelo CEiiA, em parceria com entidades brasileiras e empresas portuguesas especializadas no setor automóvel e aeronáutico. A fase de testes deve acontecer na primeira metade de 2019, com o lançamento a estar previsto para 2022.
O carro drone deve conseguir levar até 500 quilos, dois a quatro passageiros e terá uma uma autonomia de 200 km, com um tempo de carregamento de 30 minutos.