Não será muito maior que uma caixa de sapatos e pode operar em redes de telemóveis de segunda e quarta gerações (2G e 4G) e Wi-Fi. Nos laboratórios do Facebook, a caixa é conhecida como OpenCellular – e o nome já contém em si mesmo uma missão. Com este retransmissor de redes sem fios a Facebook pretende potenciar a cobertura de redes sem fios junto da população mundial.
Nos laboratórios de Menlo Park, os engenheiros da Facebook testaram com sucesso o pequeno retransmissor no envio mensagens, acesso à Net e chamadas de voz.
O projeto OpenCellular não é apenas benemérito. Depois de superar 1,6 mil milhões de utilizadores, o Facebook mantém a esperança de alargar a carteira de “clientes” em países subdesenvolvidos que ainda não tem Facebook… porque ainda não dispõem de uma rede que lhes permita trocar posts e imagens com o resto mundo.
Com o OpenCellular, a Facebook pretende criar um complemento a outros dispositivos futuristas, como drones solares que regularmente são citados na imprensa como um dos exemplos mais ousados da empresa que gere a maior rede social do mundo.
De acordo com a BBC, a OpenCellular foi desenhada para operar como um equipamento de open-source, que pode ser adaptado às necessidades e requisitos técnicos de diferentes mercados e geografias. Numa das páginas oficiais do Facebook, Kashif Ali, engenheiro da gigante da Internet, contrapõe às experiências menos bem sucedidas que originaram críticas de neocolonialismo e abuso de concorrência uma das principais virtudes da OpenCellular: «Uma tradicional infraestrutura celular pode ser muito cara, tornando difícil para os operadores levar essa infraestrutura a todo o lado».
Kashif Ali lembra ainda que para os operadores de países mais pobres a expansão de uma rede móvel para zonas rurais revela-se muitas vezes «incomportável».