Depois de ocorrer um AVC, há um período de umas horas para travar os danos cerebrais e evitar as sequelas. Com o passar do tempo após o incidente, as intervenções clínicas disponíveis vão se tornando cada vez menos eficazes e a probabilidade de recuperação é praticamente nula. Com o projeto REPAIR – Recuperar e reparar no AVC isquémico, um grupo de cientistas portugueses está a tentar criar uma solução que estenda o período de recuperação, dias e até meses após o fluxo de sangue no cérebro ter sido interrompido.
A solução passa por usar um tipo de células estaminais, ditas mesenquimais, que existem no cordão umbilical e que têm um importante efeito anti-inflamatório, num trabalho que envolve três parceiros principais – a Universidade de Coimbra, a Universidade da Beira Interior e a empresa Crioestaminal – e acabou de receber um financiamento de 150 mil euros da Fundação “la Caixa” – no âmbito do concurso Promove, realizado em colaboração com o BPI e em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia.