Nenhum pormenor foi deixado ao acaso no novo edifício do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), em Oeiras. Os laboratórios são servidos por grandes janelas, o que permite pipetar sem necessidade de acender a luz, os corredores são espaçosos e com uma sinalética subtil, escrita em inglês, os puxadores das portas dobram-se na ponta, para evitar que os investigadores enfiem as mangas das batas quando as abrirem com o antebraço…” aqueles pormenores em que os arquitetos pensam”, sublinha a CEO do instituto de investigação – uma organização privada, sem fins lucrativos -, Paula Alves. Já a tapeçaria de Portalegre, que reproduz uma obra de Almada Negreiros, a cobrir uma parede inteira na sala de reuniões foi ideia da própria CEO, que fez questão de marcar a nacionalidade portuguesa num ambiente totalmente internacional.
Gonçalo Byrne é o arquiteto responsável por esta ampliação do IBET, que começou a ficar pequeno para tantas encomendas. Inaugurado no final de junho, o novo edifício funciona praticamente como uma continuação do primeiro, construído há mais de trinta anos. Na nova unidade cabem 29 laboratórios, distribuídos por cinco pisos, auditório, armazém, centro de dados. “Necessitávamos de ampliar porque nos últimos cinco anos temos vindo a receber cada vez mais solicitações, por parte da indústria, e já não tínhamos espaço para acolher os projetos de I&D”, justifica Paula Alves, que também é professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Para Teresa Almeida, Presidente da Comissão Diretiva do programa Lisboa 2030 (que sucedeu ao Lisboa 2020), o novo edifício, designado por IBET Biofarma, foi uma das “grandes apostas” do programa de financiamento europeu [ver caixa].