A imagem captada a 30 de setembro pela missão Copernicus Sentinel-2 mostra o fluxo de lava do vulcão em erupção em La Palma, nas Canárias, a chegar ao mar. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), a imagem mostra a cascata de lava no Oceano Atlântico. Quando a imagem foi feita a extensão da lava era de 20 hectares.
O geólogo e sismólogo Raúl Pérez, do Instituto Geológico Mineiro de Espanha, explicou ao jornal El País, que este cruzamento entre a lava e o mar dá origem a reações hidrotérmicas e químicas: “Forma-se uma coluna de vapor espetacular, mas podem ocorrer colapsos por acumulação na frente [do vulcão] e as interações com a água podem desencadear explosões”.
De acordo com a ESA, a imagem do Sentinel-2 foi processada em cores reais através do canal infravermelho de ondas curtas que permitiram destacar o fluxo de lava. O Sentinel-2 tem como propósito monitorizar mudanças na Terra e na vegetação.
Recorda-se que a 19 de setembro no vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção. A lava desceu a montanha e, a 28 de setembro, os 6 quilómetros de fluxo de lava atingiram o oceano na costa oeste da ilha espanhola, deixando toda a ilha em situação de catástrofe. A recuperação do ecossistema marítimo pode demorar dois anos.