Cientistas da Universidade de Copenhaga estão a recorrer à Inteligência Artificial (IA) para calcular que pacientes com Covid-19 irão necessitar de ventiladores e de cuidados intensivos. Basicamente, o sistema de IA identifica os sintomas que os doentes graves têm em comum e transmite aos hospitais os dados referentes a quantos ventiladores serão necessários numa determinada altura para que se possa fazer uma melhor gestão dos recursos disponíveis.
A IA começa por analisar raios-X, testes e historiais clínicos de pessoas que já foram tratadas para encontrar dados em comum. De seguida, recolhe o mesmo tipo de informações para pacientes que foram recentemente hospitalizados. Todos os dados recolhidos são depois fornecidos a um supercomputador que faz os cálculos sobre quando um novo doente deverá precisar da ajuda de um ventilador.
“Estamos conscientes de alguns aspetos que aumentam o risco, como a idade, tabagismo, asma e problemas cardíacos, mas há outros fatores envolvidos”, refere Espen Solem, responsável pelos hospitais dinamarqueses de Bispebjerg e Frederiksberg, citado pelo The Next Web. “Afinal, ouvimos falar em jovens que acabam em ventiladores e pessoas mais velhas que passam bem sem eles e não percebemos porquê. Portanto, vamos recorrer ao computador para descobrir padrões que nós não somos capazes de ver”, acrescenta.
O sistema está em fase de testes e os cientistas acreditam que, mesmo que não venha a poder ser usado no seu potencial máximo a curto prazo, estará pronto para ser rentabilizado quando surgir a segunda vaga de infeções pelo novo coronavírus na Dinamarca, que está prevista para o outono.