O “cometa azul” é originário da Nuvem de Oort, uma região distante no nosso Sistema Solar com biliões de objetos que formam uma esfera em torno do Sol. Este cometa especificamente tem uma órbita excêntrica, inclinada num ângulo de 58 graus e foi visto no ano passado por astrónomos de Paris. Agora, o Observatório Europeu do Sul conseguiu também captá-lo em imagens.
Parte da curiosidade sobre o C/2016 R2 vem da sua cor azulada, que se acredita dever-se ao monóxido de carbono e aos iões de nitrogénio que se concentram em torno do seu núcleo, explica o Digital Trends. «Os cometas são bolas de poeira, gelo, gases e rocha. Quando passam perto do Sol, o gelo aquece e transforma-se em gás», detalham os investigadores do ESO.
O “cometa azul” é raro, pois circula em torno do Sol uma vez a cada 20 mil anos e é representativo de uma família de cometas que observamos apenas uma vez por mês, disseram os cientistas.
Sobre a sua origem, há duas teorias: ou faz parte de um grupo de cometas para lá da linha onde o nitrogénio se condensa em grãos sólidos ou é um fragmento que foi desviado por um grande objeto em órbita para lá de Neptuno.