«Encontrar água num planeta potencialmente habitável é incrivelmente excitante. O K2-81b não é a “Terra 2.0” uma vez que é muito mais pesado e tem uma composição atmosférica diferetne. No entanto, aproxima-nos da resposta à pergunta: É a Terra única?», escreveu Angelos Tsiaras, do Centre for Space Exochemistry num estudo publicado na Nature Astronomy. A equipa usou dados recolhidos pelo Hubbel entre 2016 e 2017 e descobriu indícios de vapor de água, bem como a presença de hidrogénio e hélio na atmosfera daquele exoplaneta. Com a informação que têm ao dispor, não há evidências de que existam moléculas de outros elementos, embora os investigadores acreditem que há também nitrogénio e metano.
O exoplaneta está na órbita da estrela anã K2-18, a 110 anos luz da Terra, na constelação Leão. Esta estrela mostra elevados níveis de atividade, pelo que a atmosfera no planeta pode bem ser mais hostil do que na Terra e exposta a mais radiação.
O K12-18b cai na categoria de super-Terras, os planetas com massas entre a da Terra e a de Neptuno, e é um entre as centenas que foram detetadas nos últimos tempos. A próxima geração de telescópios espaciais deve encontrar outras centenas mais e ser capaz de oferecer mais detalhes sobre a composição atmosférica destes planetas.
A professora Giovanna Tinetti, que também assina o estudo, explica que o trabalho «é essencial para o nosso entendimento dos mundos habitáveis para lá do Sistema Solar e marca uma nova era na investigação de exoplanetas, crucial para colocar a Terra, a nossa única casa, no quadro global do Cosmos».