O projeto LightSail 2 da Planetary Society visa tornar realidade as ideias dos fundadores da organização como Carl Sagan, Bruce Murray ou Lou Friedman. Bill Nye, o atua presidente, recorda que estes especialistas acreditavam que lançar um satélite à vela, que navegasse como os barcos à vela, à boleia do momentum dos fotões permitiria explorações muito mais baratas.
O Light Sail 2 vai acabar a pesar cerca de cinco quilos, desfraldar uma vela de 4×5,6 metros com a espessura de 4,5 microns, ou um décimo de cabelo humano, noticia o Ars Technica.
O plano de Sagan era lançar um aparelho com uma vela que tirasse partido da aceleração contínua dos fotões e que conseguisse chegar mais longe do que se conseguiria com a propulsão química. Carl Sagan chegou a propor esta abordagem publicamente, mas o foco na década de 1980 estava na exploração “tradicional”, com propulsão a combustão nos vaivens e sondas.
Na década de 1990 e nos primeiros anos de 2000, existiram pelo menos duas tentativas para colocar no espaço uma vela inspirada no conceito de Sagan. O projeto falhado em 2015, LightSail 1, permitiu aos investigadores identificar várias falhas e corrigir os problemas técnicos, dando origam ao LightSail 2 que vai agora descolar.
Os cientistas pretendem mostrar que conseguem navegar ao sabor dos fotões que emanam do Sol e que têm mecanismos para controlar a direção para onde estão a ir. Caso consigam ir para uma órbita mais elevada, durante um mês, a missão será considerada um sucesso.