O anúncio foi dado por Michael Meyer, o responsável pelo programa de exploração de Marte da NASA, durante uma conferência virtual realizada a meados de fevereiro: a agência espacial americana solicitou um orçamento de 50 milhões de dólares (quase 44 milhões de euros) para o envio de amostras do solo de Marte para a Terra. A missão só deverá acontecer depois de 2030.
As missões da NASA que se encontram em Marte têm vindo a recolher várias amostras do solo do planeta vizinho. Ainda não há um plano definido, mas os cientistas da NASA admitem que a nova missão poderá exigir o desenvolvimento de um rocket de pequenas dimensões para a recolha das amostras junto dos rovers que se encontram a explorar Marte.
Eventualmente, este rocket poderá ficar a orbitar em torno de Marte até que uma segunda missão espacial proceda à transferência dos materiais, a fim de os trazer para a Terra.
Meyer confirmou que a missão de envio de amostras marcianas ainda se encontra em fase embrionária. E por isso será altamente improvável trazer as amostras para a Terra antes de 2030 são muito reduzidas. «A nossa esperança é que o orçamento de 2020 aumente e que nós consigamos começar a planear seriamente uma missão para trazer de volta as amostras do solo de Marte», disse.
Além da missão que está a decorrer atualmente em Marte, a NASA ainda não anunciou formalmente planos futuros, embora Meyer não tenha negado, com algum ceticismo, que a agência possa vir a organizar uma missão para recolher as amostras num futuro próximo.
«Considero que a data (hipotética) que podemos apontar possa ser 2029. Mesmo assim parece difícil», «talvez 2031 possa ser uma data mais realista. Depende tudo de quando teremos possibilidade de começar novas missões», afirmou o cientista.
«O nosso objetivo não é ter um plano que se cinja a trazer amostras de volta, queremos também aperfeiçoar os métodos de exploração de Marte nas próximas duas décadas», concluiu.