Durante os próximos três anos, os investigadores do Grupo de Física da Informação e Tecnologias Quânticas do Instituto de Telecomunicações (IT) vão participar nos consórcios responsáveis pela construção dos primeiros protótipos de redes quânticas financiados pelo programa europeu Quantum Flagship. O laboratório sedeado nas instalações do Instituto Superior Técnico (IST) garantiu o financiamento para dois projetos que têm como objetivo desenvolver uma rede capaz de se conectar a sensores e computadores quânticos.
De acordo com o Expresso, os consórcios em que o IT participa garantiram junto da Comissão Europeia 13 milhões de euros de financiamento para o desenvolvimento dos projetos “Quantum Internet Alliance” e “Quantum Microwave Communication and Sensing”.
O primeiro projeto recebeu a maior fatia de financiamento: 10 milhões de euros para um grupo de trabalho que também conta com a participação da Universidade Técnica de Delft, do Max-Planck-Institut para a Ótica Quântica, e do Niels Bohr Institute de Copenhaga (Dinamarca), entre outras entidades. O objetivo do projeto é a criação de uma rede de computadores quânticos.
O segundo projeto prevê o uso de circuitos supercondutores em temperaturas próximas do zero absoluto ( 273,15 graus negativos). O projeto garantiu um investimento de três milhões de euros. Além do IT, participam no projeto o WaltherMeissner-Institut de Munique, a Ecole Normale Supérieure de Lyon (França) e a Oxford Instruments.
O programa Quantum Flagship tem por objetivo fomentar o desenvolvimento dos primeiros projetos e protótipos de redes quânticas, que além do acréscimo de largura de banda exponencial prometem criar novas soluções para encriptação de dados. A informática quântica tem por base qubits que, ao contrário da linguagem binária dos bits (os zeros e os uns), admite como possível um bit designar em simultâneo e em paralelo dois estados (o zero e o um deixam de se excluir mutuamente).