A abordagem desta equipa é usar uma partícula que se assemelha a um vírus e que desencadeia respostas de imunidade anti-cancro por parte das células. Numa primeira fase, a vacina vai ser testada em animais, mas o objetivo é desenvolver um tratamento aplicável a humanos também.
A equipa da Michigan State University explica que a vacina tem duas grandes componentes: as partículas Qβ que se assemelham a vírus e que alertam o sistema imunitário e os TACAs, de tumor-associated carbohydrate antigens, que são estruturas únicas presentes em algumas células cancerígenas, mas não nas células saudáveis, explica a Futurism. Estas duas partículas trabalham em conjunto para ensinar às células imunes que tudo o que seja encontrado com TACAs deve ser destruído, construindo assim, em teoria, uma defesa. «A nossa vacina reduz o crescimento do tumor e protege o hospedeiro contra os novos desenvolvimentos do cancro», disse Xuefei Huang, que está a coordenar o estudo. Os investigadores querem continuar a estudar a estrutura destas partículas para as modificar estrategicamente e reduzir a formação de anticorpos tóxicos e aumentar as células que combatem o cancro.
«Cancro espontâneo em cães e gatos é um bom teste para a abordagem desta vacina (…) isto é apenas um exemplo de como a medicina veterinária e a medicina humana podem beneficiar-se uma à outra», explicou Vilma Yuzbasiyan-Gurkan, outra investigadora.