Cientistas da Universidade da Califórnia conseguiram eliminar uma memória associada a medo das mentes de ratos. Para tal, a equipa recorreu a uma técnica denominada optogenética, que, basicamente, combina genética e luz.
Inicialmente, durante esta experiência, os ratos de laboratório recebiam um pequeno choque elétrico sempre que ouviam um som agudo, razão pela qual passaram a demonstrar uma resposta de medo sempre que ouviam esse tom, mesmo que ele já não viesse acompanhado do choque. Posteriormente, os animais foram injetados com um vírus que, depois dos ratos serem expostos a luz, afetava a ativação neural. Ou seja, na prática, depois do recurso à optogenética, os ratos deixaram de sentir medo perante o estímulo do tal som agudo.
Esta descoberta abre a porta a potenciais tratamentos de doenças como o stress pós-traumático ou fobias. Como recorda o Tech Radar, o medo é uma ferramenta essencial para a sobrevivência do ser humano, já que impede que as pessoas se coloquem em situações de perigo, mas há vezes em que acaba por ir longe demais e tornar-se debilitante – como pode ser o caso de quem passou por experiências traumáticas. Contudo, importa salientar que este foi apenas um pequeno teste, pelo que a aplicação de uma metodologia semelhante em humanos ainda é incerta.