Este teste é uma alternativa aos atuais testes pré-natais que apresentam algumas limitações e que são aplicados exclusivamente a animais. Agora, uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra criou um sistema “humanizado” e que pode contribuir para a redução de defeitos no desenvolvimento do sistema vascular do embrião.
De acordo com o comunicado de imprensa, as células a testar são colocadas numa plataforma microfluídica e expostas a condições de fluxo arterial, o que permite uma avaliação toxicológica em condições semelhantes ao que acontece in vivo.
Numa primeira fase, a equipa avaliou o impacto de 1280 químicos e identificou dois particularmente perigosos. Helena Varzão, autora do artigo científico publicado, explica que «o grupo desenvolveu uma plataforma capaz de analisar e relacionar muitos dados simultaneamente de forma mais rápida (high-throughput) baseada em células estaminais pluripotetens humanas».
Os problemas vasculares do embrião estão associados à morte do feto, malformações e deficiência cognitiva à nascença, podendo ser causadas pelo ambiente ou pela exposição a fármacos, pelo que é necessário um teste fiável que possa despistar químicos nocivos.