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Os cientistas explicam que os dados armazenados segundo esta descoberta ficam seguros até 13 mil milhões de anos, mesmo que o disco de 360 TB seja exposto a temperaturas até 190 graus centígrados.
O método chama-se armazenamento de cinco dimensões e passa por codificar os dados em nanoestruturas de vidro. «Podemos codificar tudo. Dêm-nos o ficheiro e nós podemos imprimi-lo [num disco]», diz Aabid Patel, estudante envolvido projeto, citado pelo The Verge.
Os investigadores já criaram pequenas estruturas seguindo este método contendo a Bíblia, o trabalho Opticks de Isaac Newton e até a Declaração Universal dos Direitos do Homem, das Nações Unidas.
Os discos atuais são gravados em duas dimensões e permitem o registo e leitura de todo o tipo de conteúdos, embora possam ser corrompidos com a passagem do tempo ou quando expostos ao ar, calor ou humidade. O novo método 5D passa por guardar os dados à nanoescala e permitir a gravação e leitura em cinco dimensões: a orientação da nanoestrutura, a força com que o laser do leitor é refletido e a localização dos dados no espaço de acordo com os eixos X, Y e Z. Uma vez que o espaço no disco é mais densamente ocupado, é possível guardar três mil vezes mais dados na mesma superfície que um disco Blu-ray, por exemplo, chegando aos 360 TB de informação.
Os investigadores querem usar esta tecnologia para servir de arquivo a museus e galerias, de forma a que informação dure no tempo. O passo seguinte passa por desenvolver um aparelho, semelhante a um leitor de DVD, que permita ler os dados 5D.