A MAVEN está na órbita de Marte há um ano, a investigar que parte da atmosfera do planeta já terá sido perdida ou como esta é afetada pelas tempestades e ventos solares. O objetivo dos investigadores espaciais é perceber porque é que alguns planetas conseguem ou não albergar vida e outros passam de habitáveis a completamente inabitáveis, noticia a Cnet.
O vento solar carregado de protões e eletrões e com um campo magnético capaz de criar um campo elétrico é o principal responsável por arrasar parte da atmosfera de Marte. Aparentemente, há um fluxo contínuo de vento solar em direção a Marte e é criado um campo elétrico que acelera os iões de gás com carga elétrica e os dispara para o espaço. A MAVEN calcula que o vento solar afaste cerca de cem gramas de gás por segundo. Esta perda só se torna significativa ao longo do tempo: «a erosão atmosférica aumenta significativamente durante as tempestades solares, pelo que acreditamos que a taxa de perda foi bastante mais elevada há milhões de anos, quando o Sol era mais jovem e ativo», disse Bruce Jakosky, principal investigador desta missão. Pela idade do Sol e pela diminuição da atividade, não é de esperar que um fenómeno semelhante afete a Terra. Além do mais, o campo magnético rochoso do nosso planeta também constitui uma barreira de proteção extra.