Sabe-se hoje que as primeiras formas elementares de vida surgiram há 3,8 mil milhões de anos, embora não se saiba ainda em que condições e como esse fenómeno aconteceu. Na Terra, todas as rochas que pudessem conter algum vestígio de explicação não resistiram à passagem do tempo. Acredita-se que estes vestígios possam ter sido levados para outros pontos da galáxia, a bordo de cometas, asteróides ou outros corpos.
Assim, noticia a NewScientist, a Lua poderá ter sido o destino destes cometas e asteróides e pode alojar algum indício que ajude a explicar a origem da vida como a conhecemos. Há 3,8 mil milhões de anos, acredita-se que a Lua estivesse coberta de lava líquida, pelo que estes vestígios, a existirem, só poderão ser encontrados dentro de lava fossilizada. A fossilização da lava pode até ter contribuído para “prensar” estes vestígios, ajudando a mantê-los intatos.
Os investigadores do Imperial College London realizaram vários testes onde colocaram compostos orgânicos junto com pó lunar falso e aqueceram-nos até 700 graus, conseguindo perceber que as moléculas orgânicas poderão ter ficado soterradas na lava na Lua.
A Lua poderá assim ajudar a explicar a formação da vida na Terra.