Chama-se SMAP, de Soil Moisture Active Passive, e é sonda que irá ser colocada no espaço no final do mês. A NASA pretende ajudar a evitar secas e a proliferação de epidemidas através das suas medições. De acordo com a Popular Science, a SMAP vai seguir os passos da SMOS, de Soil Moisture Ocean Salinity, o projeto da Agência Espacial Europeia, de 2009.
A SMAP vai medir quanta água reside nos solos, em baixo dos nossos pés. Estes dados serão recolhidos através de dois instrumentos: um radiometro microondas e um radar. O radiometro vai permitir colecionar dados em aproximadamente 40 quilómetros e o radar, com uma resolução de cerca de dois quilómetros, será usado para mostrar o que se está a passar no solo, desde alguns centímetros até um metro de profundidade.
Em termos simples, a sonda vai detetar o sinal de ondas de rádio emitidas naturalmente pela Terra, à medida que eletrões e iões circulam e colidem. Quanto mais água estiver no solo, mais fraco é o sinal de rádio. A água no terreno tem um papel fundamental, uma vez que os solos demasiado secos impedem a formação de nuvens, o que poderá indiciar depois períodos de seca prolongados. Estes dados serão também usados para identificar padrões na proliferação de epidemias. Por exemplo, em regiões de muita seca, como no deserto do Saara, a malária espalha-se por picadas de mosquito. A humidade ou seca do solo poderá ser um fator determinante para que os mosquitos se reproduzam, espalhando a doença.
Estes dados, por fim, podem ser usados também por agricultores, para perceberem quando será a melhor altura de plantar nos terrenos.