O GPS tem um problema: não funciona debaixo de água. Como tal, os submarinos têm de recorrer a acelerómetros que registam todos os movimentos da nave quando submersa, para se ter uma ideia aproximada da sua localização. Todavia, este sistema é altamente impreciso. “Hoje, se um submarino ficar um dia sem receber sinal de GPS, quando emerge pode haver um desvio de um quilómetro na navegação”, disse Neil Stansfield do UK Defence Science and Technology Laboratory (DSTL).
Este organismo tem um plano para resolver o problema, que deverá ser colocado em prática em 2016: usar um acelerómetro quântico, mil vezes mais preciso do que qualquer sistema de navegação atual.
Segundo a New Scientist, a equipa do DSTL inspirou-se numa descoberta que mostra que os átomos podem ser arrefecidos até uma temperatura próxima do zero absoluto, recorrendo a lasers. Quando atingem este estado, são facilmente perturbados por uma força exterior. Usando um outro laser para ler esta informação, o sistema é capaz de calcular a força exterior e, por conseguinte, a direção que o navio está a tomar. Em teoria, este sistema seria capaz de diminuir os desvios de navegação de um submarino submergido para apenas um metro, em vez de um quilómetro.
Neste momento o protótipo tem um metro de comprimento e será testado em terra em setembro de 2015. Se tudo correr bem, a equipa começará o trabalho de miniaturizar o aparelho, para que possa ser usado num conjunto alargado de meios de transporte.