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O nome do infantário é um dos segredos mais bem guardados dos investigadores do Media Lab do MIT. A NewScientist refere apenas que se trata de um infantário na zona de Boston, Costa Leste dos EUA. O que tem de especial este infantário? Resposta: é provavelmente o primeiro infantário que conseguiu juntar crianças e robôs, em livre comunhão e interatividade, no mesmo espaço de aula.
O projeto, que durou oito semanas, teve como intervenientes dois tipos de “cobaias”: crianças de carne e osso como em qualquer outra parte do mundo; e DrasgonBots, pequenos robôs peludos que têm a capacidade para falar e até mimetizar gestos e expressões faciais das crianças.
Durante os ensaios, os robôs foram usados para lerem as tradicionais histórias de encantar – e ao que parece, as ditas crianças atribuíram a devida legitimidade para o fazer. Nalguns casos, os mesmos robôs foram usados para ensinar rudimentos de francês. Em ambos os ensaios, os robôs foram preparados para usarem termos e palavras de acordo com a evolução linguística das crianças ao longo dos dias.
Noutra das experiências, foram usados robôs que imitavam gestos e expressões faciais das crianças, enquanto falavam sobre “bonecos de animais”; e ainda foram programados para um comportamento aleatório, que poderia não ser idêntico ao das crianças. À NewScientist, os investigadores norte-americanos, revelaram uma tendência para as crianças estabelecerem relações de confiança com os robôs que as imitavam.
Sem mencionarem os efeitos eventualmente perversos de uma criança se habituar a conversar com autómatos, os investigadores do MIT lembram que as experiências com os robôs poderão ajudar a preparar a nova geração para um mundo em que o número de robôs tenderá a crescer. O desenvolvimento de bonecos robóticos que poderão criar novas formas de interação com as crianças é outra das áreas em estudo.