

O Very Large Telescope Inferometer (VLTI) do Observatório Europeu do Sul (ESO) descobriu aquela que é a maior estrela de classe amarela descoberta até ao momento e uma das 10 maiores que os cientistas conhecem. Esta hipergigante tem mais de 1300 vezes o diâmetro do Sol e pertence a um sistema binário, com a segunda estrela, mais pequena, a tocar na principal. Esta configuração faz com que o sistema binário tenha um formato que lembra um amendoim.
A HR 5171 A, como é conhecida, é tão grande que abrangeria todos os planetas entre Mercúrio e Júpiter se estivesse no centro do nosso Sistema Solar.
A estrela está localizada a 12 mil anos-luz da Terra, na constelação de Centauro. Segundo o comunicado do ESO, os astrónomos usaram uma técnica chamada interferometria para combinar a luz recolhida de múltiplos telescópios e criar, deste modo, um “telescópio” com 140 metros de diâmetro. Os novos resultados levaram também a equipa a investigar as observações desta estrela feitas nos últimos 60 anos, para tentar perceber como foi o seu comportamento no passado.
Esta descoberta mostrou que as estrelas amarelas são muito maiores do que anteriormente se julgava. As hipergitantes amarelas são muito raras e são conhecidas apenas cerca de uma dúzia na nossa galáxia. A New Scientist indica que, até agora, os cientistas julgavam que uma hipergitante amarela poderia ter, no máximo, 700 vezes o tamanho do nosso Sol.