
Os investigadores da Penn University deram um passo importante no desenvolvimento de sistemas minúsculos que podem ser usados para libertação programada de medicamentos, por exemplo. Pela primeira vez, os investigadores conseguiram colocar partículas metálicas em forma de rocket dentro de células vivas e emitiram impulsos ultrassom para os controlar e dirigir.
«Esta investigação é uma demonstração clara de que é possível usar nanomotores sintéticos para explorar a biologia celular de novas formas», afirmam os investigadores que publicaram este estudo, citados pela BBC.
Os minúsculos motores foram ativados para funcionarem como batedeiras ou para picar a membrana das células. Basicamente, foram usados para interferir com as células vivas, de forma a que os investigadores registassem o seu comportamento.
«Os nanomotores vão poder ser usados para realizar cirurgias intracelulares e para libertar medicamentos de forma não invasiva em tecidos vivos», disse o Professor Mallouk, um dos responsáveis pelo estudo.
A manipulação dos motores é feita de forma magnética e pôde ser feita individualmente, ou seja, um motor pode ser movido de forma autónoma dos restantes. Esta vantagem poderá ser usada, por exemplo, no combate a células cancerígenas. Desta forma, os motores podem ser controlados individualmente para, na corrente sanguínea, procurarem estas células e as destruírem.